quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Internet nas favelas com UPPs


Pesquisa do Observatório das Favelas em parceria com o Estado entrevistou duas mil pessoas

A pacificação de comunidades no Rio tem assegurado a inclusão digital de seus moradores. Segundo pesquisa do projeto Solos Culturais, uma parceria entre a Organização Não Governamental (ONG) Observatório de Favelas e a Secretaria de Cultura, cerca de 90% de jovens da Rocinha, Cidade de Deus, Manguinhos e dos complexos do Alemão e da Penha utilizam com frequência a internet.

O levantamento, realizado em dezembro do ano passado com dois mil entrevistados, aponta que o grupo que mais usa a rede é formado por pessoas com idades entre 15 a 29 anos. De acordo com o estudo, nove entre dez moradores com menos de 30 anos utilizam a internet. A maioria acessa sites de rede social, e em suas residências.

– A pesquisa mostra que esses jovens estão tendo mais acesso a bens como computadores e celulares, e a pacificação ajuda nesse processo. As comunidades são os novos mercados das empresas. No estudo, escolhemos comunidades de diversas áreas da cidade: das zonas Sul, Norte e Oeste – afirmou o diretor do Observatório de Favelas, Jorge Luiz Barbosa.

Os moradores da Penha são os que mais acessam a internet, com 92,6%. No Complexo do Alemão, Cidade de Deus e Rocinha os percentuais chegam a 87,1%, 87,1% e 89,5%, respectivamente. Na comunidade de Manguinhos, 89,5% dos moradores entrevistados fazem uso da rede.

Internet sem fio gratuita

O Governo do Estado também leva internet sem fio gratuita aos moradores de comunidades pacificadas, como o Complexo do Alemão e o Morro Santa Marta. A conexão acontece através do programa Rio Estado Digital, da Secretaria de Ciência e Tecnologia. Desenvolvido com suporte de universidades parceiras, o programa promove conteúdos orientados à inclusão.

– Entre os objetivos do projeto estão o preparo da população para a inclusão digital, tutoria no acesso a serviços de e-governo, oficinas de capacitação e cursos profissionalizantes – explicou o secretário de Ciência e Tecnologia, Gustavo Tutuca.  

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